Se você já perdeu alguém que amava, é provável que naquele momento um filme passou na sua cabeça e como numa tempestade surgiu uma “enxurrada” de emoções que tomaram conta de ti e em questão de segundos o chão sumiu dos teus pés.
Mas se você parar para pensar, o que além da saudade, te causou tanta dor e sofrimento, é provável que você identifique sentimentos como frustração, culpa, arrependimento e o fato de naquele momento as “vírgulas” deixarem de existir e o “ponto final” aparecer, é que faz com que nossa maior verdade venha a tona, a verdade que na maioria das vezes camuflamos e ocultamos, pois fomos deixando para amar depois, para ser feliz depois, para fazer feliz depois, para aceitar depois e o depois agora não existe mais.
Pois bem, aí esse sofrimento, que agora te faz ter percepções diferentes sobre o seu verdadeiro propósito nessa vida, sobre fazer valer a pena, faz mais uma vez com que você aprenda pela dor, mas a pergunta é: você aprende mesmo?
É normal quando estamos “dilacerados” pela dor, jurarmos mudanças profundas, e não somente nessa situação extrema que é a perda de uma pessoa muito amada, mas em diversas “dores” do nosso dia a dia, e logo adiante, a dor ameniza e muitas vezes acabamos novamente cometendo os mesmos erros, porque entre dizer que vai ser diferente e ser diferente tem uma distância gigantesca, porque na teoria a ideia é linda, mas o FAZER muitas vezes acaba por não acontecer.
Quando você menos imagina está novamente na mesma situação, ao redor de uma “caixa de madeira” lamentando mais uma vez pelas mesmas coisas, pois conforme a dor anterior foi passando, o aprendizado foi deixado de lado, e assim você vai acumulando prejuízos imensuráveis ao longo da vida, e que jamais serão compensados.
A grande questão nem é se você já entendeu que a vida é um grande aprendizado, e que seria muito mais fácil aprender pelo amor, mas sim o quanto você está disposto a suportar tanta dor. Você pode pesquisar no google, comprar um livro, uma revista atualizada, entrar nas redes sociais ou folhear um jornal, é comum encontrarmos índices de depressão e suicídio cada vez aumentando mais, e sim, esse índice tem muito mais a ver com a tua incapacidade de aprender com os erros e fracassos, do que qualquer outra coisa. Não há nada mais doloroso e perigoso do que uma cabeça cheia de ressentimentos, culpa e arrependimentos deitada durante horas, virando de um lado pro outro na cama.
Seja você a pessoa que tem a capacidade de encontrar as “vírgulas” antes do “ponto final”, e seja o seu melhor a cada momento, não deixe para acertar depois, amar depois, abraçar depois, ser e fazer feliz depois, faça tua vida valer a pena, e entenda de uma vez por todas que sim, o sofrimento ensina, mas que assim como na escola, de nada adianta a professora ensinar se o aluno insiste em não aprender, e aí vai ter que repetir de ano quantas vezes forem necessárias até se provar que verdadeiramente aprendeu.

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